Estudo da Ancine traça um panorama da TV por assinatura

A Ancine publicou um estudo sobre os aspectos econômicos e estruturais da TV por assinatura no Brasil. É um mapa bem completo (que o leitor pode conferir aqui). Na introdução está dito que “nos últimos 10 anos, houve um forte crescimento desse serviço no país. Ele passou a atender cerca de 19 milhões de domicílios em 2015.(...) A expansão do setor, somada ao estabelecimento de cotas de conteúdo nacional na grade das programadoras e nos pacotes das operadoras da TV paga, vem consolidando esse segmento como uma janela fundamental para produção audiovisual brasileira”.

É verdade que a Lei da TV Paga vem ajudando a fervura do mercado independente apesar da crise do país. As séries nacionais garantem emprego e estimulam o surgimento e a formação de talentos. Graças a essa norma, há prosperidade nesse ramo. A lei existe há cinco anos. Mas é possível também dizer, sem ser injusta, que ela não protege o público de programação irregular (há atrações de qualidade, e outras, ruins também).

Quem lê o estudo pensando na TV por assinatura dos primórdios, há duas décadas, vai constatar como tanta coisa mudou. Ela cresceu e hoje compete com as emissoras abertas. O nicho ainda existe, mas é quase residual. As étnicas TV5, Rai e RTP foram empurradas para regiões remotas do line up. A BBC tradicional foi substituída pela BBC Earth. Diz o levantamento que, dos 199 canais analisados, 74 são destinados a filmes e séries. Depois, aparecem os esportivos (22 canais mais 19 de pay per view). Na sequência estão os de variedade (40), infantis (20), de documentários (15) e jornalísticos (nove).

Por um lado é bom: a TV paga ficou adulta. Mas também dá nostalgia das priscas eras.

Fonte: http://kogut.oglobo.globo.com (05/07/2016)

 

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